Importante ponto histórico na Ponta Leste
O Forte da Ponta do Leme, hoje em ruínas, está localizado na Ponta Leste, próximo ao Terminal Petrolífero da Baía da Ilha Grande (TEBIG) e ao monumento dos mortos do encouraçado Aquidabã.
O Forte do Leme foi construído pelo engenheiro militar Capitão Rosalvo Mariano da Silva, teria sido uma iniciativa da Marinha ou do Exército.
A fortificação é formada por dois poços circulares de canhões ligados por túneis ao quartel, dispondo de trilhos no solo, que serviam para transportar as pesadas granadas do paiol até as peças. Esses poços estão hoje ocupados por dois canhões de 234 mm de calibre, fabricados em 1901 pela empresa Armstrong Whitworth, conforme informações gravadas nos mesmos. A origem desses armamentos é controversa. Barretto afirma que essas bocas-de-fogo seriam do encouraçado Riachuelo (BARRETTO, 1958: 129). Outras fontes refutam essa possibilidade e acreditam que as peças possam ter pertencido ao famoso encouraçado Aquidabã (CASTRO, 2009: 451), que explodiu e afundou nesta mesma baía de Jacuacanga, em 1906.
Depois de rodar cerca de 2km em uma estrada bem acidentada, é possível avistar um pequeno forte localizado na ponta leste de Angra dos Reis. O local, atualmente em ruínas, passa por um processo de reforma desde 2020 que facilitou o acesso da população e turistas.
O Forte do Leme, datado de 1911, foi construído pelo engenheiro militar, Capitão Rosalvo Mariano da Silva. Ele que possuí dois canhões tipo Armstrong de 234 mm, fabricados em 1901, que nunca lançaram balas desde que foram instalados no Forte. Os armamentos estão posicionados de frente para a Baía de Angra dentro de dois poços circulares ligados por túneis ao quartel, dispondo de trilhos no solo, que serviam para transportar as pesadas granadas do Paiol até às peças.
Apesar de não existir uma placa de sinalização, é melhor não tentar subir no canhão, primeiro pelo respeito ao patrimônio e segundo pela segurança, pois o canhão está bem enferrujado. As marcas do tempo traduzem as décadas corridas desde a sua total desativação, em 1950. Isso pode ser visto principalmente na casa principal, a qual já não dispõe dos telhados de proteção, entretanto, os detalhes florais dos pisos e a grade que protegia as janelas, bem como os muros da construção, permanecem de pé.
O Forte do Leme está bem próximo do centenário Monumento do Aquidabã, criado em homenagem aos mortos no naufrágio do navio de guerra Aquidabã, ocorrido no litoral de Angra, em janeiro de 1906.
Dentre as 113 vítimas, estavam o Comandante do navio, a tripulação e membros da comitiva ministerial que realizava estudos para construção de uma nova base naval naquela região. O monumento assinala o local onde se acham as sepulturas de cerca de 60 tripulantes que faleceram na ocasião.
O Aquidabã naufragou por causa de uma explosão, de explicação desconhecida, partindo o navio ao meio. Hoje ele repousa a uma profundidade entre 8 e 18 metros, na Ponta Leste, em frente ao Monumento Aquidabã.
Anualmente, no aniversário do naufrágio, há uma cerimônia organizada pelo Colégio Naval.